quarta-feira, 17 de outubro de 2012

UM LUGAR CHAMADO VUKOVAR

Terça-feira, 25 de setembro de 2012

Deixei Graz na manhã bem cedo de uma linda terça-feira. Não demorou cheguei a fronteira com a Slovenia e comprei a obrigatória vignette ( um selo que tem duração variável e que se cola no vidro dianteiro do carro e permite transitar pelas estradas do país). Minha idéia era viajar até a Sérvia, pernoitando na sua capital Belgrado, que também fora capital da extinta Iugoslavia.De lá iria até Sofia, capital da Bulgária e estudaria uma possível ida a Tessalônica na Grécia. De Slovênia passei a Croácia e percorri suas lindas autoestradas. No meio da tarde cheguei a fronteira entre a Croácia e a Sérvia e fui surpreendido com a necessidade de visto para entrar no país. Teria que voltar a Zagreb, capital da Croácia distante mais de 200 km ou ir a té a pequena Vukovar, 32 km de distância por pequenas estradas secundárias para conseguir o visto no consulado sérvio. Com dificuldade achei o tal consulado que estava fechado. Não teria outra saída: dormir em Vukovar e às 9 horas do dia seguinte, quando abrisse o consulado, solicitar o necessário visto. Em Vukovar me hospedei numa casa que alugava quartos e fui muito bem recebido pela senhora de nome Zara. Lá fiquei sabendo que Vukovar fora violentamente bombardeada durante a guerra. No dia seguinte, antes de ir ao consulado, percorri as ruas de Vukovar em busca das cicatizes da guerra. Já são raras, porque a cidade foi reconstruída, mas destaquei uma antiga caixa-d´água com sinais do bombardeio.


Depois fui numa feira livre onde comprei um par de tenis porque o meu sapato ja dava sinais de cansaço e o sapatenis que eu levara era um tanto pesado para o dia-a-dia. Vukovar fica numa das mais férteis terras da Europa às margens do Rio Danúbio. Por ser a maior via fluvial da Europa, percorrendo vários países, inúmeras cidades e quatro capitais, o Danúbio tem grande importância econômica principalmente para os países do leste europeu. Nunca imaginei dormir num lugar tão distante do meu mundo habitual.

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