Rio de Janeiro; Segunda-feira, 1º de setembro de 2008.
Hoje foi uma noite de voltar ao Teatro Café Pequeno para assistir a programção denominada Bossa No Leblon, dentro da programação alusiva aos "50 Anos da Bossa Nova". Fui atraído pela presença de dois nomes: Ruy Castro, autor do livro "Chega de Saudade" e que seria o âncora do talk-show e Roberto Menescal, músico e autor de algumas das mais significativas obras da Bossa Nova, muitas delas em parceria com Ronaldo Bôscoli. Havia um terceiro nome, para mim desconhecido: o da harpista Cristina Braga. Mas pelo amor de Deus: o que teria a ver uma intérprete de harpa com bossa nova ? Pois para minha surpresa e, acredito, para muitos que lotaram a pequena casa de espetáculos da Ataulpho de Paiva, a resposta é TUDO. Acompanhada por violocelo e bateria e, depois, pelo próprio Menescal, Cristina cantou e fez de sua harpa um instrumento plenamente identificado com a Bossa Nova. Mesmo sem ter longo alcance vocal, Cristina deu interpretação e sentimento a um belo repertório, cantando Tom, Vinicius, Chico e também obras da dupla Menescal e Bôscoli. Depois do gosto de frustração com o espetáculo da sagunda-feira anterior, veio este presente que coroou minha temporada cultural no Rio com um show de altíssimo nível.
