quinta-feira, 25 de junho de 2009

O DIA EM QUE MORREU MICHAEL JACKSON

Na noite do dia 25 de junho fui assistir ao show de Caetano Veloso no Teatro do SESI. A notícia da morte do astro pop Michael Jackson começava a ocupar os noticiosos. Fazia pouco que minha filha Carolina tinha me ligado e perguntado se eu já sabia do acontecido. Confesso que a notícia não me provocou nenhum sentimento intenso. Não desconheço o valor do ex-integrante do Jackson 5, o artista que gravou o disco mais vendido da história, mas que também teve seu nome envolvido em histórias desagradáveis e se desfigurou em sucessivas cirurgias plásticas. Minha idéia era dizer algumas coisas sobre o show de Caetano, mas, como referiu o próprio filho de Dona Canô, a noite de 25 de junho tornou-se uma noite triste. No meio do show resolveu falar sobre o assunto e confessou que falara por telefone com seu filho Tom que chorava muito e que outro filho, o Zeca, pediu que ele cantasse Billy Jean. Sozinho, acompanhado-se ao violão, Caetano Veloso cometeu uma Billy Jean sem muita convicção. Ao final da música enxugou algumas lágrimas. As melhores músicas do show "Tios e Tias" foram alguns sucessos do passado. As músicas do novo álbum ainda precisam de tempo para cair no agrado do público. E Michael Jackson, nesta noite, abandonou a vida na terra para tornar-se uma lenda. Como Elvis, Marilyn, Lennon, Morrison e tantos outros, viverá para sempre....

terça-feira, 23 de junho de 2009

SIMONAL, O FILME

Imperdível. Principalmente para quem tem mais de 50 anos e viveu o período mágico dos grande s musicais da televisão e a época em que a TV Record nos brindava com o que havia de melhor em matéria de programação. A televisão ainda era em preto-e-branco, mas havia um colorido todo especial em nossas vidas. Não vou entrar no mérito de história de Simonal, um excelente cantor, mas que provavelmente abusou da "pilantragem", aliás bem descrita e com excelentes depoimentos, mas o documentário se torna realmente imperdível pela qualidade e quantidade de material histórico que são apresentados. Ainda mais quando se sabe que o grande acervo da TV Record foi levado por um terrível incendio. O filme vale, principlamente, pelas imagens de uma época inesquecível de história recente da música e da vida brasileira. Mas, além das imagens o filme resgata outro documento importante: a voz de Wilson Simonal: intacta, cristalina e cheia de swing. Como seus discos foram retirados de catálogo, Simonal ficara tão somente uma imagem, descolorida e surrada, sem o que ele possuia de melhor: sua voz.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

BUDAPESTE, O FILME

Não li o livro do Chico Buarque. E. perdão pela frase gasta, não li e não gostei. Pelo simples fato de que, segundo tomei conhecimento na época, Chico nunca teria ido à Budapeste. Como alguém se aventura a escrever um livro com o título de uma cidade em que jamais pos os pés ? Visto que já não tinha gostado de Estorvo, o qual abandonei pelas metades, cantarolei "Rosa-dos-Ventos" e continuei com aquilo que Chico fez de melhor: suas músicas dos anos 60 e 70. Mas resolvi ver o filme, atraído pela possibilidade de voltar a caminhar pelas ruas da capital húngara, me debruçar sobre o Danúbio e atravessar suas pontes encantadoras. E fui visceralmente enfeitiçado pelo brilhante filme de Walter Carvalho, com fascinantes tomadas e onde não faltaram as lindas imagens de Budapeste que eu tanto queria percorrer. O filme tem um excelente "timing", roteiro inteligente e desempenhos extremamante convincentes. A história de Chico é, como se poderia supor, muito inteligente e permite especular sobre a verdadeira identidade dos personagens. E mais: a ambientação em Budapeste é aleatória. Talvez a escolha seja em função de sua língua: única e totalmente incompreensível para os padrões brasileiros. Mais do que a cidade, o idioma é de suma importãncia para o roteiro do livro e , consequentemente, do filme.