sábado, 20 de outubro de 2012

O PARQUE NACIONAL DE KRKA

Terça-feira, 2 de outubro de 2012
 
Tive alguma dificuldade de achar um lugar para ficar em Sibenik, mas acabei encontrando um "sobe" (quarto) por 20 euros a beira do mar. A dona não falava nenhum de meus idiomas e eu não falava sérvio. Conseguimos nos entender em italiano, embora - imaginem - eu falasse bem melhor do que ela. Pediu me passaporte e foi fazer meu registro. Voltou exultante me chamando de "Generali". Não sei de onde ela tirou este nome, pois no passaporte não tem nada nem parecido com isto. E repetia, "Generali" como se estivesse diante de uma grande autoridade. Sai para jantar à noite e acabei optando pelo recurso de um McDonald´s que só me rendo em casos de emergência. Mas lá tinha wi-fi, que no meu "sobe" não tinha e ainda ganhei uma réplica dos copos da Coca-cola de 1916 numa promoção do tradicional fast-food. Dormi um belo sono e ao amanhecer fui beber da paisagem do Adriático visto do meu quarto. Fiz meu desjejum na sacada. Ao me despedir da senhora ela me mostrou uma revista com fotos lindas de cachoeiras e trilhas. Reconheci o Parque Nacional de Krka, uma das indicações do meu guia de viagem, mas que não sabia ser perto de Sibenik. O esposo da dona da casa me disse que era uns dez minutos dali e me mostrou a direção. Vamos, pensei eu. Tudo é novidade. Tomei o caminho e ao chegar numa bifurcação decidi pela estrada comum ao invés da indicação da auto-estrada. "Dona Maria" não sabia onde era o Parque, até porque não era uma cidade. Graças a outros mapas, depois de uma hora cheguei a Krka. Não se pode entrar de carro. Compra-se um ingresso e aguarda-se o barco - que sai de hora em hora e sobe o rio em direção às cachoeiras, corregos e corredeiras.
 
 
O passeio de barco já vale a entrada de 80 kunas que paguei (pouco mais de 10 euros). Parace daqueles parques americanos com uma diferença - lá tudo e natural. Depois de 20 minutos de viagem desembarca-se num ancoradouro de onde se parte para uma trilha de 2 km pelo meio da mata, entre espécies nativas de árvores, pássaros, peixes, anfíbios, répteis e até alguns mamíferos. Fiquei muito grato a senhora que chamava de Generali pela sugestão. E comecei a me dar conta que, além do mais belo litoral que conheci até hoje, a Croácia está muito bem organizada para o  turismo com opções como este deslumbrante Parque Nacional. Fiz meu almoço - baquete com refrigerante - depois da volta do barco e pelas 15 horas sai em direção a Zadar. Eu já sabia que umas 300 ilhas de um total de 1185 que ornamentam o litoral da Croácia ficavam no arqueipélago de Zadar e a cidade antiga, construida numa península seriam belas atrações turísticas. Comecei a viver a expectativa pelo novo destino.

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