segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O SALÃO DO AUTOMÓVEL DE SÃO PAULO

 
 
Quinta-feira, 1 de novembro de 2012
 
 
Desde 1994 tenho visitado todos os Salões do Automóvel de São Paulo. São dez exibições consecutivas. Sem perder nenhuma. Depois de um longo período em que a indústria nacional esteve restrita a quatro grandes montadoras: Chevrolet, Ford, Volkswagen e Fiat asssisti a abertura aos carros importados, à chegada de novas fábricas, à alguns períodos de de crise, a vinda dos coreanos, a importação dos chineses até que em 2012 estamos vivenciando a grande euforia da indústria automobilística, a qual compensa o pequeno crescimento da indústria brasileira como um todo. Hoje a indústria automobilística representa mais de 20% do PIB industrial do país, tornando o Brasil um dos maiores produtores de automóveis do mundo, atrás apenas de consagradas potências. Claro que isto não é bom. O crescimento vertiginoso da produção de veículos não é acompanhada da necessária infra-estrutura. Engarrafamentos quilométricos diariamente fazem parte da rotina das grandes cidades e nos chamados feriadões nossas estradas acumulam filas intermináveis e sucessivos acidentes que lamentavelmente  roubam inúmeras vidas. Mas se este crescimento da indústria automotiva serve como um falso parâmetro do crescimento de nosso país, para quem gosta de automóveis - como talvez a grande maioria das pessoas - o Salão do Automóvel de São Paulo se torna uma visita obrigatória. Acompanhar os novos lançamentos, conhecer novos produtos e até mesmo admirar os carros de sonhos se constituem num convite ao qual não se pode dizer não. Diferente do Salão de Paris, o qual visitei em outubro, a pesquisa por uma nova alternativa de combustível parece que não preocupa o Brasil. A falta de uma política de incentivos às tecnologias híbridas coloca o Brasil, mais uma vez, no pelotão do atraso. Recentemenmte Lula tentou vender aos EUA nossa tecnologia do álcool, mas foi muito criticado por subsituir o plantio de comida por cana de açucar para produzir combustível para os automóveis. Um dos que mais atacou foi Chavez... Enfim, não temos uma política definida de nada. O transporte público é um caos e a tendência será um colapso em curto tempo. Enquanto isto novas fábricas estão chegando e vamos inundando nossas ruas de mais e mais carros. Até quando ?

Um comentário:

Anônimo disse...

Saudades de pegar carona com vc Matz. . . Quem sabe no próximo posto eu esteja lá.
Beijinho. . .
Obs: Não tenho mais facebook.