quarta-feira, 3 de junho de 2009

BUDAPESTE, O FILME

Não li o livro do Chico Buarque. E. perdão pela frase gasta, não li e não gostei. Pelo simples fato de que, segundo tomei conhecimento na época, Chico nunca teria ido à Budapeste. Como alguém se aventura a escrever um livro com o título de uma cidade em que jamais pos os pés ? Visto que já não tinha gostado de Estorvo, o qual abandonei pelas metades, cantarolei "Rosa-dos-Ventos" e continuei com aquilo que Chico fez de melhor: suas músicas dos anos 60 e 70. Mas resolvi ver o filme, atraído pela possibilidade de voltar a caminhar pelas ruas da capital húngara, me debruçar sobre o Danúbio e atravessar suas pontes encantadoras. E fui visceralmente enfeitiçado pelo brilhante filme de Walter Carvalho, com fascinantes tomadas e onde não faltaram as lindas imagens de Budapeste que eu tanto queria percorrer. O filme tem um excelente "timing", roteiro inteligente e desempenhos extremamante convincentes. A história de Chico é, como se poderia supor, muito inteligente e permite especular sobre a verdadeira identidade dos personagens. E mais: a ambientação em Budapeste é aleatória. Talvez a escolha seja em função de sua língua: única e totalmente incompreensível para os padrões brasileiros. Mais do que a cidade, o idioma é de suma importãncia para o roteiro do livro e , consequentemente, do filme.

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