sábado, 2 de maio de 2009

SIMPLY THE BEST


Após 1994 o "primeiro de maio" se tornou um dia difícil. Relembrar a morte de Senna era percorrer um caminho nebuloso. Tinha até um certo sentimento de culpa por ter, antes mesmo da Rede Globo, anunciado a irreversibilidade do estado de Ayrton Senna. Ao lado de Roberto Brauner, meu inseparável companheiro de tantas coberturas automobilísticas, comentava o GP de San Marino, em off tube. Como a batida não tinha sido tão forte, esperávamos, a qualquer momento que o grande campeão mostrasse sinais de recuperação. Foi quando a fatalidade expressou sua brutal intensidade: Ayrton Senna mostrava sinais de descerebração. Porém, com o passar do tempo, fui substituindo a imensa dor por uma conformada cicatriz. Ficou a certeza da grandeza do piloto brasileiro. Ficaram os momentos insquecíveis em tantas pistas do mundo. A lembrança do Hino Nacional em lugares longíquos e a admiração por seu inegável talento. E também uma evidente constatação : quinze anos passam muito ligeiro.

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